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Somos uma estrutura política que representa a categoria de Trabalhadores(as) Rurais de Parelhas, sonhando o mesmo sonho, partilhando do mesmo anseio e lutando pelos mesmos ideais!

domingo, 8 de junho de 2014

Contando um pouco de nós

Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais de Parelhas
Escola Nacional de Formação da CONTAG ( ENFOC)
Grupo de Estudos Sindical (GES)

“Contando um pouco de nós”.
Parte 01


Como ponto de partida
Nossa vida é feita de caminhos...
e esses caminhos  são recheados de escolhas...
podemos escolher servir...
ou ser servido!
podemos escolher militar...
ou simplesmente dirigir!
podemos escolher fazer com amor...
ou fazer por fazer!
podemos escolhes ser livres...
ou continuar aprisionados!
podemos escolher construir juntos...
ou esta sozinhos!
podemos escolher contemplar horizontes novos...
ou permanecer na vivência de mesmices!
podemos escolher lutar...
ou cruzar os braços!
podemos escolher a lei da solidariedade...
ou a lei da exploração...
podemos escolher lutar contra os dominantes...
ou brigar entre si!
podemos escolher acordar para a vida...
ou fechar os olhos para a realidade!
podemos escolher reacender a chama da nossa identidade...
ou esquecer nossas raízes!
podemos escolher comer do mesmo pão...
ou transformá-lo num alimento desigual!
podemos escolher nos abraçar por amor...
ou unicamente por conveniência!
podemos escolher sonhar sozinhos(as)...
ou sonhar um sonho junto para que se torne realidade!
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC





A formação sindical de base a partir de suas diretrizes
 O 9º Congresso Nacional da CONTAG deliberou pela criação de uma Escola Sindical com atividades voltadas para formação dos dirigentes e assessores (as), indicando como perspectiva uma formação militante, processual e ampla nas temáticas que desafiam a luta sindical hoje. Embalados pela necessidade imediata de ver a escola existindo, os trabalhadores e trabalhadoras, presentes no Congresso, manifestaram que a primeira reunião do Conselho Deliberativo subseqüente, fosse um espaço de diálogo sobre a escola, para a definição de seu caráter e das estratégias a serem desenvolvidas para a concretização dos objetivos definidos no Congresso.
Aprender a fazer fazendo” foi o caminho que encontramos para dar conta da demanda mais imediata e seguir adiante dando passos que oportunizassem o desenvolver de uma ação formativa transformadora e libertadora. Assim, no dia 14 de agosto de 2006, foi inaugurada a Escola Nacional de Formação Política da CONTAG (ENFOC), com a realização do primeiro Curso Nacional de Formação Político-sindical. (site da ENFOC- em 03 de maio de 2014)
A partir da participação dos atores sindicais nos itinerários formativos: Nacional. Regionais e estaduais, é dada a tarefa de multiplicar os conhecimentos adquiridos na escola através de Grupos de Estudos sindical-GES, um grupo de ação continuada que tem o papel de levar as bases, aos trabalhadores (as) rurais a visão de espaço, concepção de vida no campo, e reconhecimento da função que o Movimento Sindical de Trabalhadores (as) tem na proposta de desenvolvimento rural sustentável.





O caminhar da formação em Parelhas-RN
É com muita alegria que podemos falar um pouco sobre algumas ações de formação de base que existe no meio de nós, me recordo com emoção o momento que ouvi pela primeira vez a palavra ENFOC, ela soava bem nos meus ouvidos mesmo sem fazer nenhuma compreensão precisa a respeito da mesma, o que sabia era, que algo me chamava pra ir pra lá, lembro exatamente como se fosse agora, quando a diretoria executiva do Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais de Parelhas, na época, Sebastião Antônio, Venâncio Filho e Maria de Fátima Dantas, ao receber a informação que haveria uma oportunidade do STTR de Parelhas participar de um itinerário formativo estadual (RN) da Escola Nacional de Formação da CONTAG, e eles me enxergaram uma associada do sindicato como merecedora da vaga, e no mesmo instante com o incentivo do Sr. Expedito Jorge de Medeiros ( assessor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do RN) FETARN), consegui o primeiro contato com Darione Lima (assessora da FETARN), que com uma voz muito doce e compreensiva oficializou a minha inscrição, o que na verdade seria o meu ingresso para  esse universo.
Lembro-me do primeiro dia do curso (02-08-2010), do meu já encantamento pela doçura de Maria Rosa Rodrigues (assessora da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará- FETRAECE), que trazia a discussão sobre “Memória e Identidade”, a difícil tarefa de responder a pergunta: QUEM SOU EU???, nossa!, quanta aflição pois na maioria das falas que me antecederam os demais educandos do curso colocavam seus respectivos cargos que exerciam no sindicato de seus municípios, e eu??? Meu Deus quem era eu??? O que fazia???, comecei a me sentir minúscula, mas enfrentei disse que era associada do sindicato e que estava nesse espaço querendo aprender, a discussão se deu durante todo o dia e a noite fui pensar sobre tudo peguei caneta e papel e escrevi isso:
“Nesse momento me pergunto: Por que é que estou aqui???, será que esse é meu lugar???, ou será que não é??? Será que vou me iludir achando que sou igual a todos que estão aqui???
Sinceramente não sei, olho a minha volta e vejo pessoas tão mais capacitadas que eu, que se entregam mais??? Ou que verdadeiramente sabem muito mais que eu???
Será que um dia saberei tanto quanto eles (as)???, talvez isso seja uma qualidade pessoal e não atribuições qualificadas. Será que o tempo resolverá isso???”
Mas continuando... nos demais dias que se estendera o curso, comecei a compreender que o jeito de ser escola por si só já era diferente pois não era um ensinando e o outro aprendendo como é posto a forma convencional, mas era uma troca bonita de saberes e o mais legal é que valorizava os saberes de cada uma(a), ao final do módulo a minha concepção de mundo já mudara, e eu já enxergava a realidade com outros olhos. No módulo seguinte a “História, Concepção e prática sindical” estava em pauta, e eu mergulhei nesse trajeto, mas o curso me reservava o momento primordial, a atividade Inter modular trazia a questão da multiplicação de base, o GES (Grupo de Estudo Sindical), voltando pro município já enxerguei os integrantes, o espaço, a metodologia, o tema... o primeiro encontro já foi maravilhoso, e com toda a certeza seria o primeiro de muitos passos que daríamos. A partir daí o GES “Princípio de Luz” passou a existir com encontros mensais, e temas diversos.
Em 2011 fui contemplada com mais um curso de formação política sindical, dessa vez o Regional Nordeste, que me fez visualizar com mais intensidade o meu papel de multiplicadora dessa escola.
No ano de 2013, constituímos mais dois novos grupos, o “Semeando Sonhos” e o “GES da Barra”, novos olhares, novos jeitos, novos cheiros, enfim são histórias que se somam e que nos emocionam como essa:
Me recordo agora de uma das oficinas do GES do Povoado Barra onde em um momento de interação havia apenas uma cadeira vazia na composição do círculo e um ser espetacular que atende pelo nome de Teodoro chegou na porta e ficou a observar...

-Elizamar : essa cadeira precisa ser preenchida e você foi escolhido pra ocupar esse espaço;
-Teodoro : não obrigado só estou de passagem;
-Elizamar : tá certo esteja a vontade...
Começamos nossa oficina e Teodoro continuava a observar com um olhar carinhoso, até que não resistiu e veio pra roda...  vem entra na roda com a gente também você é muito importante, vem
Teodoro foi recebido no círculo com um fervoroso aplauso de todos, daí realizamos a dinâmica da descoberta, passamos uma caixinha que chamamos carinhosamente de  CAIXINHA DO TESOURO
onde em seu interior havia uma imitação de barra de ouro e em sua superfície descrito a palavra GES, todos olhavam e se admiravam, mas o contato de Teodoro foi ainda mais mágico, ele olhou demoradamente e sorriu... logo após perguntamos o que eles(as) haviam achado do conteúdo da caixinha e responderam com encantamento, mas Teodoro falou essas palavras que emocionou a todos: Bem eu ainda não sei o que é GES, só sei que eu quero ficar aqui e só sairei desse espaço se me tirarem!
São essas sensações que me seguram, que me revigoram e me fazem não desistir da luta!

Alguns exemplos de oficinas de GES no nosso município:
Exemplo  01:
Tema: Visão Geral da Formação de Base seguindo a vivência de GES
Metodologia: Quebra gelo do Barquinho ( construir um barquinho, imaginar que ele fosse o GES e refletir para onde queremos que esse grupo caminhe)
Objetivo: Traçar metas para o desempenhar do grupo a partir da ideias trazidas pelos integrantes.
Exemplo  02:
Tema: Identidade
Metodologia: Formação de um mural, com palavras frases e desenhos em resposta as seguintes interrogações: QUEM SOU EU??? E QUEM SOU EU NO UNIVERSO SINDICAL???
Objetivo: Refletir através da descoberta de quem somos, a prática que queremos desenvolver no meu espaço de atuação.
Exemplo  03:
Tema: História do Movimento Sindical de Trabalhadores (as) Rurais
Metodologia: Dinâmica do papel ( entregar uma folha em branco a cada participante e instiga-los a usar sua criatividade desenhando um símbolo com o próprio papel, ex: barco, chapéu, flor, etc) e roda de conversa partilhada sobre a pauta do dia.
Objetivo: Compreender a história para a partir daí, se sentir parte dela.

Exemplo  04:
Tema: A descoberta do capitalismo
Metodologia: Mística de abertura com elementos simbólicos (água, terra, flores, espinhos, cartaz que represente o MSTTR e organização, pedras, sementes, frutos, palavras: sonho e vida e outros), cada participante irá escolher um elemento associá-lo a sua trajetória e formar um caminho circular, compreendendo que todo caminho e repleto de tudo isso.
Objetivo: Proporcionar um ambiente de reflexão a cerca da valorização das coisas simples da vida.
Exemplo  05:
Tema: Confrontando o Espaço Rural de ontem e de hoje
Metodologia: Pintando a História ( o grupo é dividido em dois. Grupo 01 retrata o espaço de ontem e o Grupo 02 retrata o espaço rural de hoje ambos em forma de pintura, após os desenhos são trocados e cada grupo irá apresentar o trabalho do outro buscando desvendar a história contada por aquelas imagens.
Objetivo: Fazer um olhar sobre a vivência do passado e a realidade.

Exemplo  06:
Tema: Mística
Metodologia: Preparar o espaço para imersão total dos integrantes, deixar livres de objetos, pouca luz e muita tranquilidade, deixa-los (as) totalmente a vontade, sentados (as) ou deitados (as) sobre o chão,  o facilitador irá conduzir esse momento com muito cuidado, trazendo histórias, momentos, e lembranças que remeta a todos a flutuar na sua história, logo após sem perder o momento as pessoas partilharam a viagem imaginária que fizeram em sua vida.
Objetivo: Proporcionar aos integrantes momentos de paz e de lembranças e transmitir uma ligação maior entre todos sobressaindo de um aprofundamento maior na vida do outro.
Exemplo  07:
Tema: A família camponesa antes e depois da chegada da tecnologia
Metodologia: Figuras ( olhos fechados, apenas um olho aberto e os dois olhos abertos) . Olhos fechados: uma retrospectiva da sua vida em família no período da infância, Só um olho aberto: Um acompanhar a realidade, e os dois olhos abertos para os sonhos individuais e coletivos a partir dessa experiência legítima de refletir sobre nós.
Objetivo: Compreender as fases das famílias rurais e seus modos específicos de socializar-se.
Exemplo  08:
Tema: Missão e companheirismo
Metodologia: Forma-se um círculo com os participantes, todos de mãos dadas logo após, faz-se um caminhar no espaço observando as imagens ao redor, um fixar de olhos nos companheiros que encontramos, aos poucos o grupo vai de aconchegando cada vez mais apertado, pede-se pra que todos recorde  o momento inicial do círculo, quem estava a sua direita e a sua esquerda, em meio ao cruzamento de pessoas é preciso procura-las e pegar novamente em suas mãos, formando um entrelaçado de mãos. Divide-se o grupo em 2 com o objetivo de conversar sobre as seguintes questões: Qual a minha missão nesse espaço? e Minha atuação está sendo companheira? Ao final uma apresentação livre e que instigue criatividade.
Objetivo: Perceber a linha do caminhar, desvendar novos jeitos, e perceber o que temos que assumir para que esses passos sejam estruturantes e de fato dê resultados satisfatórios.
Exemplo  09:
Tema: Janela da memória
Metodologia: Convidar os participantes a debruçar sobre a sua janela da memória construindo a mandala com símbolos que remetam a história da sua vida (fotos, instrumentos de trabalho, objetos diversos que recorde algum momento da vida), atraí-los pelo silêncio, momento de calma, esquecer por alguns segundos o mundo lá fora, mergulhar na janela de sua história, olhar pra ela, se vê nela e assimilar a diferença que ela te permite enxergar hoje. Ao final construir um momento de pertencimento, cada um (a) desenha a sua mão(em um papel ou tecido) pra que seja permitido acreditar na convicção  que é esse fazer de muitas mãos que transforma esse espaço simples em exuberante.
Objetivo: Parar para ouvir o outro, enxerga-lo a partir de sua história, entender porque as histórias mesmo distintas em alguns momentos se completam, e especialmente perceber as diversidades específicas e naturais de cada um (a).

Exemplo  10:
Tema: GES- Construído por nós
Metodologia: Distribui papeis com números todos diferentes para cada um (a), orienta a todos(as) a misturar-se, pede-se para encontrar números iguais e formar pares, com o desenrolar da dinâmica as pessoas vão percebendo que não há números iguais aos seus, e descobre que ninguém é igual a ninguém mas precisa do outro pra se completar. Entregar frases incompletas, onde o outro (a) tem o complemento da frase (  minha metade é você). Ex: Hoje eu estou triste.... Posso ser a felicidade que precisas, ou, Preciso de ajuda... Posso ser a mão que te apoia, ou, A vida as vezes nos faz amargos(as).... Devo ser a doçuras que precisas em sua vida, ou, As vezes tenho medo de enfrentar os desafios... me deixa ser a coragem que te falta, ou, As vezes penso em desistir... Me deixa ser a força que precisas para continuar na luta, ou, As veze me sinto sozinho(a)... eu posso ser a companhia pra te tirar da solidão, etc. Divide-se o grupo em dois pra conversar sobre os seguintes questionamentos: o GES que queremos e o que faremos para alcançar nossas metas.
Objetivo: Construir vivências para o grupo a partir da participação ‘e envolvimento dos integrantes.
Exemplo 11:
Tema: Economia Solidária
Metodologia: Mensagem compartilhada. Convida aos integrantes a pensar um desafio que tenha em sua vida (pessoal ou do movimento), escreve no papel, mistura-se os papeis pra que cada pessoa fique com um desafio que não foi posto por si próprio, e cada um (a) terá a oportunidade de ajudar seu companheiro (a) apresentando uma possível solução para aquele desafio que foi exposto. Debate a cerca da temática Economia Solidária, modelos e experiências, comparar a economia solidária com a economia tradicional.
Objetivo: Compreender coletivamente a economia solidária como instrumento primordial da agricultura familiar e refletir sobre nossas ações aprofundando a visão das mudanças de hábito que possa gerar práticas mais solidárias respeitando nossas especificidades.



Exemplo  12:
Tema: Militância
Metodologia: Entrega-se papel e caneta aos participantes, convida a todos (as) a fechar os olhos e pensar em um sonho, ainda de olhos fechados é feito desenhos que retrate aquele sonho, ao abrir os olhos percebe-se que o desenho não está bem estruturado, e trazendo para a realidade podemos refletir que embora as vezes na vida as coisas estejam fora do lugar temos o direito de sonhar e montar estratégias para a conquistas dos mesmos. Conversar sobre a Militância, o que nos remete essa palavra, onde ela se revela e como traze-la para ser parte de nossas ações.
Objetivo: inserir a militância na nossa teoria e buscar alinhar a nossa prática, constituindo um modelo de atuação que reconheça o amor pelas causas sociais.
Alguns objetos e jeitos de fazer GES
A ENFOC traz pra formação de base alguns símbolos e modelos de uma educação popular que traduza a realidade do nosso povo. Aqui em Parelhas usamos sempre o método da reunião circular, que demostra a igualdade, utilizamos em meio ao nosso círculo:
·         MANDALA que simboliza o circuito, todo mundo é igual perante o mesmo espaço, por não ter início e nem fim.
·        Chapéus de palha que traz a luta do homem e da mulher do campo.
·        Urupemas, colheres de pau e sementes.
·        Caixinha do tesouro (Símbolo de barra de ouro com nome GES estampado)
·        Construir a MANDALA com frases de Paulo Freire (Educador popular)
·        Maquete do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS)
·        Dançamos ciranda
·        Reverenciamos a nossa mãe TERRA.



A formação a partir e além do GES
·        Realizamos uma cerimônia de entrega de termo de compromisso de multiplicadores (as) para o GES ( Princípio de Luz)
·        Construímos mística de abertura no Natal Solidário da Agricultura familiar e na posse do nosso sindicato.
·        Realizamos a 1ª Oficina municipal de formação para diretores e  multiplicadores(as).
·         Estamos em processo de realização de oficinas utilizando metodologias participativas nas associações comunitárias rurais.
·        Realizamos a jornada sindical em todas as comunidades rurais
·        Reativamos duas delegacias sindicais de base e trabalhamos a linguagem da formação.
·        Introduzimos o jeito místico da escola nas reuniões do Núcleo de Articulação das Associações Comunitárias Rurais
·        Participamos do 3º ENAFOR (Encontro Nacional de Formação) onde apresentamos um teatro sobre as especificidades do RN.
·        Participamos do 1° ENEFOR-RN (Encontro Estadual de Formação do RN)
·        Participamos da 1ª Oficina de Educadores (as), Multiplicadores(as) Seridoenses para uma Ação Sindical de Base.
·        Estamos realizando nossas Assembleias mensais do STTR, de forma circular e com a presença de símbolos da escola.
·        Realizamos uma oficina educativa com as mulheres trabalhadoras rurais e nela inserimos a metodologia participativa.


Alguns textos construídos com base na leitura dos acontecimentos do GES
O GES em nós
Caminho se faz ao caminhar...
... Semeando sonhos, construindo histórias, protagonizando vidas, transformando realidades.... é isso que o nosso GES vem trazer, uma oportunidade de viver o novo, de sentar pra conversar sobre as soluções dos problemas, de fazer das nossas bases um alicerce para um movimento sindical amplo, construtor e que possa nos dar orgulho de ser parte integrante dele, deixando nos nossos trabalhadores(as) rurais a certeza de que dias melhores virão se estivermos cada vez mais juntos(as) para construir um espaço rural com gente e sobretudo com qualidade de vida!
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC
Somos juntos (as),  somos fortes
Nada é feito sozinho... o mar em sua imensidão infinita é constituído de gotas que somadas se unificam entre si, o sol em sua grandeza se desenha por raios, a terra é formada de grãos de areia, a fauna, a flora se forma de múltiplas diversidades que trazem cor, aroma e visuais únicos... o nosso Movimento da vida, precisa estar em movimento, precisa de gente que una suas mãos e que grite a luta!
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC

O militante em militância
Um dia me perguntaram qual o sentido da militância e em muitas instâncias pude buscar a resposta para tal interrogativa, penso que ser militante é ser doador de sonhos, é ser protagonista de histórias e maios forte ainda, é ter o espírito da transformação travado na alma, que implica em ser luz em espaços escuros, doar-se de corpo, alma e coração em prol do bem comum, da luta solidária e coletiva, é ser gente que luta por gente.
Ser militante é ser amor e viver o amor, é estar inserido nos espaços por convicção e ser nele modelo de transformação de realidades, é abrir mão de um EU pra possibilitar um NÓS. É ter a capacidade de fazer um olhar crítico e pode se indignar com as injustiças sociais.
Enfim a militância se faz através das nossas ações, acordar de manhã e querer sair pra luta e no caminho conquistar gente a ser parte da história. Viva a militância, viva a força do povo!

Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC

Abraços
Se percebermos atentamente a nossa vida é feita de abraços...
São abraços que aconchegam, que afagam, que libertam... abraços que transmitem sentimentos que marcam momentos, que integram a soma de vidas...
São abraços amigos, amantes, irmãos, de alegria, de cumplicidade, de reconhecimento, de emoção.
Diante de reconhecê-lo como um modelo que representa a amizade e o amor, estejamos abertos a viver “o dia do abraço”.
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC



Texto para oficina de Mística
Hoje somos convidados (as) a nos entregar ao imaginário, e nesse instante somos convocados a vivenciar este momento, esquecer o mundo lá fora, os problemas, as dificuldades e flutuar por um universo novo, onde haja um encontro mágico com você mesmo (a). Imagine que em sua frente existe uma estrada e que você em passos lentos começa a caminhar sobre ela, em sua dimensão gigantesca se mostra ao seu finalzinho uma luz, apenas um reflexo, mas você estar vendo e pra desvendar tal mistério se impulsiona pela força do desejo a caminhar cada vez com mais intensidade, pisa firme na estrada caminha sem cessar, de repente algo de cores virtuosas te cativa, seria um lindo jardim, você para, observa e se joga em meio as flores, no ato de saciedade da alma esquece onde estar, só sente perfume de coisa bonita, fascinado (a) com tanta beleza sente um toque suave que toca seu ombro, uma borboleta que alinhava voos e pausas sem nenhum medo, apenas vive, são tantas flores que imerge seu olhar, mas não passa despercebido alguns espinhos que mesmo sem intuir interfere na paisagem, mas não faz desmerecer um olhar a frente, avistando um lindo lago de águas cristalinas e em sua volta terra limpa, sem resistir você começa a caminhar sobre aquela areia fria sentindo ela tocar seus pés e marcar passos, deixando teu sinal, aquela água contagiante te convida a banhar-se, ouça o barulho da água, sinta o seu toque suave que lave seu rosto, a sua esquerda aquela estrada que você se pôs a caminhar e em busca da luz perdida os teus passos te guia, mesmo com o corpo cansado, tua alma persiste e grita em seu interior: PRECISO CHEGAR LÁ, anda, anda, anda.... mais a frente precisa tomar uma decisão eis que a estrada se divide e você se questiona: Por onde devo seguir???, uma diz: FACILIDADE, e a outra: RECOMPENSA, então preciso decidir rápido antes que a noite caia, observo o que me mostra os dois caminhos, um cheio de cores e a outra visão um tanto quanto opaca, caminho meio estreito, com algumas pedras, mas por ela aquela luz a quem buscava brilhava mais forte, e como o meu maior objetivo era de fato chegar a luz me arrisquei e fui... venci um obstáculo por vez, e a luz foi se aproximando mais e mais, até que chegou, achei na minha ilusão que poderia tocá-la, mas me enganei, ela só fazia viciar meu olhar, a minha frente surge duas portas, ambas trancadas, e novamente me pergunto: devo abri-las??, as duas ou só uma?? Devo ir embora já que meu destino era chegar a luz e já cheguei??. Nesse momento ninguém pode opinar apenas eu tenho a chave que abrirá aquelas portas, preciso só saber de onde venho e para onde vou, quantas pessoas estão na torcida por você, será que a luz da minha vida está apagada??, só sabemos que o caminho é nosso, o desejo é nosso, mas o sonho de transformar a realidade é coletivo, é nosso, e hoje fui escolhido pra ser reflexo de  luz na vida do outro(a).
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC

A minha concepção de mundo
As vezes pensamos que não pertencemos ao mundo, ou simplesmente que o mundo que temos não estamos sendo parte, estamos só em meio a tantos(as), não nos sentimos capazes de ocupar espaços ou de ser os próprios espaços ora vazios, estar sozinho(a) é estar desencontrado(a), ser reflexo daquilo que não se vê, que não se toca, que não se sente, que não se vive, ou que apenas almeja-se, ser complemento, ser a outra metade, a peça que encaixa no pedacinho vazio e que em um ângulo minucioso forma um desenho demonstrativo de vida, vida conjunta, vida partilhada, parcerias de vidas, são jeitos que particularizam, contatos que energizam a soma de cores, formatos gradativos, criações múltiplas, presenças essenciais que pensar em perda de uma dessas peças é pensar em desestruturar todo o trabalho de uma vida, de horas, dias e anos, montar o quebra-cabeça da vida é fazer junção de talentos, é somar os dons, é adequar-se  a insistência do encaixe perfeito, é abrir mão da parte principal do desenho e querer ser complemento e poder visualizar em cada pecinha sua importância no trabalho final, exercendo a tarefa de ser parte e de fazer parte, na convicção de que tudo só se fez bonito porque cada um(a) esteve ali dando sua contribuição, alimentando a afirmativa que os seres são dependentes um dos outros, vivendo em lugares coletivos e respeitando o jeito de fazer de todos(as).

Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC
Pra viver em COMUNIDADE
Muitas vezes vivemos o desconhecido... somos e nem percebemos ser, afinal de contas o que vem a ser uma Comunidade???. No instinto da vivência já conseguimos responder, ao desintegra-se a palavra o entendimento torna-se mais preciso: COMUM-UNIDADE, que vai muito mais além de uma definição formal, de localização espacial ou geográfica, alcança uma visão muito mais ampla, onde se é valorizado as pessoas em sua essência, suas formas de viver, de trabalhar, de se relacionar, interfere diretamente na especificidade daquele lugar que se revela pela sua origem, a história que perpassa as gerações, a linguagem, o conteúdo, a sensibilidade e intensidade. Uma UNIDADE COMUM, de seres, de estruturas, de uma religiosidade que afeta a fé do povo, de uma organização que extrai a soberania de vida, sobretudo Comunidade estar ligada diretamente com pessoas de diferentes jeitos, que se emergem na convivência, garantindo o respeito as diversas gerações, etnias, gêneros. Raças, formas de lutar, de resistir aos desafios.
Comunidade é pensar em dividir o que se tem em partes iguais, pensando a organização de sua base como um aspecto fundamental, é querer fazer as coisas acontecerem em comum acordo, de forma coletiva, é abrir mão do seu EU pra possibilitar o NÓS.
Ser comunidade é ser doador (a), aprender e ensinar no disposição do natural, e mais é estar totalmente disposto(a) a assumir a luta pela qualidade de vida da sua gente!
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC
Assim é a formação popular
Assim é a formação...
... forte como uma rocha que se firma no solo e não aceita abalos, que resiste aos ventos, aos deslizes das águas que escorrem por entre suas formas, que inunda seu interior...
Assim é a formação...
... singela como um cristal, que ao cair se multiplica em minúsculas partículas, sensível assim como o encontro de corações que se unem, que não aceita divisão, que quer partilhar, quer ser somar...
Assim é a formação...
... linda e como as estrelas que brilham, que confunde a escuridão, que encandece o olhar, assim na mesma distância te vejo e busco te alcançar...
Assim é a formação...
... Tão sincera, tão verdadeira, tão AMOR, tão desafiadora, tão nossa... Toda nossa, mesmo que não compreendam, ela resiste aos entraves, e a gente vive...
Assim é a formação popular... desse jeito, dessa forma... com essa essência!
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC
Um olhar sobre nós
... ainda ontem sonhávamos em partilhar um espaço de construção política no nosso meio, olhávamos meio que de longe... chegando pra perto. Deus é testemunha de que não queríamos nos inserir nesse espaço unicamente pra dirigir, mas que o sentimento de pertencimento coletivo pulsava com muita intensidade no nosso coração que temia os passos futuros, mas o caminho já estava trilhado e recuar seria demonstração de fraqueza. Daí saímos nós, guerreiros da fé, afinal de contas foi essa fé que nos segurou nos braços diante das quedas, e esse desafios todos nos fez enxergar pessoas novas que surgia em corpos vividos, descobrimos coisas impressionantes que somente o ser humano é capaz de se fazer, coisas boas e coisas nem tão boas assim, porém esse sentimento de caminhada nos dizia bem baixinho no ouvido que tudo aquilo seria primordial para a chegada a algum lugar que mesmo sem saber o destino já acreditávamos que este lugar nos aguardava, em um dia agendado pela força do destino chegou a hora de gritarmos a vitória, e gritamos tão altos que não sabíamos nós que todo esse tom em agudo e grave ao mesmo tempo cabia em nossa garganta... após isso fomos reféns do medo, medo de passar a existir naquele lugar novo, medo de não resistir a esses fatos novos que acabavam de nos ser apresentados... Prazer meu nome é DESAFIO, nesse instante tudo a nossa volta estava meio que cinza, as cores estavam lá longe, distante demais para que pudéssemos avançar, mas começamos a criar nossas próprias cores, não com o mesmo brilho, nitidez e contraste que visualizávamos nos demais horizontes, mas era o que cabia nas nossas  mãos, hoje não sei ainda o tamanho desse universo, só sei que mesmo representando um grãozinho de areia eu estou ali e sei que meus companheiros de verdade estão expandindo a areia e formando morros, me arrisco até em dizer que estamos no caminho de desenhar alguns castelos, se é bonito não sei... se é moldado em que fôrma nem pensei... só sei que a escola do MSTTR ( Movimento Sindical de Trabalhadores(as) Rurais) me fez acreditar que ser gente é fazer gente feliz, que ser ENFOC( Escola Nacional de Formação da CONTAG) é ser GES(Grupo de Estudo Sindical) e que ser STTR de Parelhas é ser instrumento de Deus nas mãos do povo. 
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC







Mística


Baú
 Desci ao baú das lembranças, onde nada jazia em vão; onde as recordações esperavam pelo momento em que deixariam de ser passado para voltar a ser presente e, quem sabe, alterar o meu futuro mais uma vez.  Tantas coisas, tantos dos meus guardados… Sonhos empoeirados e pedacinhos amarelados de um tempo bem vivido, tudo sem pressa de viver, E com o bonito sonho de crescer.

Mandala
 E mesmo que o sol raiasse, ali sempre seria momento de sonhar, de voltar a sonhar e de passarinho voar longe. O espaço do baú era bem mais amplo que nos tempos de crianças: cabiam todos os sonhos, todos os desejos, mesmo aqueles maiores e mais trabalhosos; aqueles planos que muitas vezes tracei sem saber por onde começar. Sonhos que acendiam a luz das estrelas mais distantes. Estavam todos ali comigo. Ainda estavam ali comigo.

Luta
 Assim como um círculo que envolve a luta do homem em favor do seu próprio destino, um marco de demissões iguais que posta em sua plenitude histórias de vidas.

Terra
 Terra, lado a lado com a vida, sobre a qual nós andamos pela qual nós vivemos em seu ventre vendo brotar o semeado, testemunhando as mãos do homem que em ti faz morada.

Semente
 Se a cada semente temos que semear, saberemos que surgirá uma nova planta onde dará os melhores frutos na terra, semente soberana a toda terra e espalhado nos campos verdes da vida e erguida em uma só conquista de estar no alto, bem lá no alto.

Água
Da fonte que se bebe a água, fonte de vida, de inspiração, nascida com toda sua beleza radiante, espelhando nossa imagem na divindade do horizonte.



Bandeira da FETARN

 Nessa mandala a história de quem sou, de onde venho e para onde vou, nesse movimento da vida que se faz novo e eterno a cada nascer, nessa mandala se reflete o melhor de mim, o melhor de você, pois é por amor que nos abraçamos embalados neste mesmo sonho.
É nesse momento que somos convidados (as) a sentir o calor do abraço do nosso irmão, dizer pra ele que o caminho se faz ao caminhar, sonhar novos sonhos e que eles jamais serão concretizados sem a presença de cada um e cada uma que faz parte de nossas vidas!


Elizamar de Souza
Educadora Popular da ENCOC
Encontro
Foi amor a primeira vista... não havia nada que pudesse deter, estava completamente encantada, nada que fizessem ou dissessem seria capaz de me tirar aquele encanto, foi tudo muito mágico, cada detalhe me fazia ter a certeza do tamanho do amor que acabara de nascer, me sentia fascinada, radiante, totalmente entregue e me perguntava a todo instante se seria eterno ou coisa de instantes e que jamais me perdoaria se deixasse com que aquele sentimento tão puro se evadisse do meu ser, me tornando vazia... E que amor tão grande é esse que me toma assim em tempo de segundos??? Que me faz enxergar o mundo de outra forma??? Um universo distante que me possibilita pensar em tocá-lo???que me faz pensar que transformar o mundo é um desafio bom??? A princípio só podia sentir esse sentimento que pulsava em meu coração, depois entendi que amor verdadeiro é pra sempre consegui dizer pra mim e estou tentando dizer pro mundo que estou encantada pela EDUCAÇÃO POPULAR, pela FORMAÇÃO DE BASE, pela ENFOC, com seu jeito de ser, de agir nas pessoas de transformar realidades, e me faz entender que hoje sinto a história do outro refletir em mim, entender que as pessoas sentem, pensam, falam, sonham, assim como o GES que nos faz respirar vidas... e o amor que falei no início??? Ah esse ainda vive em mim me fazendo resistir aos desafios!
Elizamar de Souza
Educadora popular da ENFOC
Emancipando os sujeitos da história
No doce embalar dos sonhos, nas fantasias do porvir, temos que ouvir a voz que ecoa do alto daquela montanha que me diz que tenho que adequar minhas ações para enfrentar a vida que temos que viver...
É nesse espaço que me descubro gente, gente capaz de enfrentar a vida, de se armar de sabedoria, ouvir o coração e se munir de alegria...
É nesse lugar que me descubro Maria, não Maria ninguém, mas Maria alguém, são essas marias, mães, amigas, singelas guerreiras, que de coração apertado fecham suas casas e vem em busca de um lugar pra chamar de nosso!
É aqui que a vida acontece... um cantinho que existe porque existe cheiros diferentes, gostos diferentes, sorrisos diferentes, são repletos das coisas de chicos, de joãos, josés, joaquins que lavram a terra, que colhem os frutos.
São jovens imersos na incerteza do SERÁ, comungando com o PODER SER, o atordoar de si que chega trazendo os PORQUES, o silêncio grita na alma solidificando o QUERER, com a certeza do conseguir tudo que dentro de mim deseja.
Há muito a ser vivido no trocar de palavras. No partilhar dos sonhos, na chance de renascer em uma nova vida, eu não consigo crescer e florescer sem o calor da tua alma, sem ser regada pelas tuas mãos...
Tudo isso porque hoje é  dia de luta, de me preparar para o mundo, não no bosque esquecido, mas no espaço que se cria sonhos, somos mestres das nossas metas, sem deixar que me tirem a cor o perfume o movimento, a beleza nunca será perdida.
 Eu sou quem??? Quem sou eu???  Como se não soubesse e agora sei quem sou! E se ainda não sei... não há problemas. Descobriremos juntos!
Elizamar de Souza
Educadora Popular da ENFOC
Aprendendo a fazer fazendo
Oportunidade não é uma oferta e muito menos uma doação... oportunidade é uma conquista que vem de você, não adianta buscar nos lugares mais distantes se o seu interior não aprendeu que  simplesmente você e mais ninguém que fará a coisa fluir, as pessoas até podem segurar sua mão ou talvez facilitar os seus passos, mas força pra caminhar só depende de você!
Não adianta nos escondermos por detrás de alguma situação, a situação é nossa escolha, ou talvez uma vivência, é dela que poderemos nos promover ou quem sabe ser vistos de uma forma diferente, ou ver o mundo com outros olhos...
É sempre assim... acreditamos num mundo melhor, sonhamos, almejamos, seja fantasia ou realidade,  enchemos nossa vida de planos, vez por outra espalhamos e contagiamos as pessoas ao nosso redor... mas como eles vão encarar? É uma expectativa imprevista, as vezes repentina que em muitos momentos nos joga no chão ou nos eleva, tremenda contradição, mas que nos cerca de todos os lados, sufoca e ergue  ao mesmo tempo.
Difícil é entender que somos diferentes, que cobrar do outro é fácil, complicado mesmo é saber fazer ou quem sabe fazer diferente, é válido compreender a necessidade do trabalho de equipe, mas é inaceitável firmar um olhar só por um lado desagradável de ver a execução da prática do outro!
Com o tempo a gente aprende que não somos o que somos mas o que nos revelamos, isso é fato... e é esse mesmo tempo que nos ensina como conduzir esse jeito de conviver , ou partindo pra forma obvia em certas vezes onde  nunca aprendemos  e assim vamos levando , onde os dias que chegam é que nos mostram a forma que devemos reagir ou só silenciar!
Há tempo pra tudo nesse mundo, tempo de recomeçar, de reinventar, de acordar pra o novo, tempo e hora pra entender que não somos eternos nos espaços que ocupamos, que se merecemos respeito pela nossa  experiência, do mesmo modo devemos respeitar a lei da naturalidade em que é aplicado um novo jeito de caminhar em um caminho já existente!
Julgar, apontar, criticar, são parte do nosso jeito de ser, ser julgado, ser apontado, ser criticado, sobressai de uma situação que não favorece ninguém, as vezes aceitamos, e na maioria das vezes sofremos por entender que o esforço não está sendo visto ou simplesmente esnobado!
Como diz a letra de música: “A gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência”, muitas vezes essa paciência só é esperada e nunca encontrada, mas é capacidade de entender que o mundo é vasto,  que há momentos pra todos, que não sabemos o peso que o outro carrega e suporta e que todos os dias somos chamados a fazer diferente e que essa mudança parte de nós, portanto é preciso aproveitar essa OPORTUNIDADE que nos é dada e se não soubermos, o direito de reviver já não de nós, ele nos é tomado, pois dar o melhor de mim é uma dádiva, mas lamentar, é uma perca de tempo!
Elizamar de Souza
Educadora Popular da ENFOC





Canções que fazem parte da história dos GES em Parelhas e alimentam a nossa alma.

Desejo- Flávia Wenceslau
Eu te desejo vida, longa vida
Te desejo a sorte de tudo que é bom
De toda alegria ter a companhia
Colorindo a estrada em seu mais belo tom
Eu te desejo a chuva na varanda
Molhando a roseira pra desabrochar
E dias de sol pra fazer os teus planos
Nas coisas mais simples que se imaginar
E dias de sol pra fazer os teus planos
Nas coisas mais simples que se imaginar
Eu te desejo a paz de uma andorinha
No vôo perfeito contemplando o mar
E que a fé movedora de qualquer montanha
Te renove sempre, te faça sonhar
Mas se vier as horas de melancolia
Que a lua tão meiga venha te afagar
E a mais doce estrela seja tua guia
Como mãe singela a te orientar
Eu te desejo mais que mil amigos
A poesia que todo poeta esperou
Coração de menino cheio de esperança
Voz de pai amigo e olhar de avô
Coração de menino cheio de esperança
Voz de pai amigo e olhar de avô
Eu te desejo vida, longa vida
Te desejo a sorte de tudo que é bom
De toda alegria ter a companhia
Colorindo a estrada em seu mais belo tom
Eu te desejo a chuva na varanda
Molhando a roseira pra desabrochar
E dias de sol pra fazer os teus planos
Nas coisas mais simples que se imaginar
Eu te desejo a paz de uma andorinha
No vôo perfeito contemplando o mar
E que a fé movedora de qualquer montanha
Te renove sempre, te faça sonhar
Mas se vier as horas de melancolia
Que a lua tão meiga venha te afagar
E que a mais doce estrela seja tua guia
Como mãe singela a te orientar
Eu te desejo mais que mil amigos
A poesia que todo poeta esperou
Coração de menino cheio de esperança
Voz de pai amigo e olhar de avô
Eu te desejo a chuva na varanda
Molhando a roseira pra desabrochar
E dias de sol pra fazer os teus planos
Nas coisas mais simples que se imaginar
E dias de sol pra fazer os teus planos
Nas coisas mais simples que se imaginar
E dias de sol pra fazer os teus planos
Nas coisas mais simples que se imaginar..
Minha Ciranda- Lui Coimbra
Essa ciranda não é minha só
É de todos nós
A melodia principal quem tira
É a primeira voz
Pra se dançar ciranda
Juntamos mão com mão
Fazendo uma roda
Cantando essa canção

Semeador de Sonhos – Susi Monte Serrat e João Bello
Semear o sonho em todo coração,
dar importância a um sorriso amigo irmão, semear o sonho em cada coração, colher o trigo e repartir o pão, semear o sonho é transformação, é desafio bom!
Semear o sonho é transformação, abrigar na alma todo e qualquer dom, semear o sonho abrir o coração, nas asas da poesia magia da canção, semear o sonho repartir o pão, transformar o mundo é desafio bom, semear o sonho é coragem e fé, semeador de sonhos é coragem e fé!


Pai Nosso dos mártires- Pastoral da Juventude
Pai nosso, dos pobres marginalizados
Pai nosso, dos mártires, dos torturados.
Teu nome é santificado naqueles que morrem defendendo a vida,
Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida
Teu reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão
Maldita toda a violência que devora a vida pela repressão.
O, o, o, o, O, o, o, o
Queremos fazer Tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador,
Não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor.
Pedimos-Te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões.
O pão que traz humanidade, que constrói o homem em vez de canhões
O, o, o, o, O, o, o, o
Perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte,
Perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é mais forte.
Protege-nos da crueldade, do esquadrão da morte, dos prevalecidos
Pai nosso revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos
Pai nosso, revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos
O, o, o, o, O, o, o, o
Pai nosso, dos pobres marginalizados
Pai nosso, dos mártires, dos torturados.

O que vale é o amor- Zé Vicente
Se é pra ir a luta, eu vou!
Se é pra tá presente, eu tô!
Pois na vida da gente o que vale é o amor (bis)
É que a gente junto vai
Reacender estrelas vai
Replantar nosso sonho em cada coração
Enquanto não chegar o dia
Enquanto persiste a agonia
A gente ensaia o baião
Lauê, lauê, lauê, lauê
É que a gente junto vai
Reabrindo caminhos vai
Alargando a avenida pra festa geral
Enquanto não chega a vitória
A gente refaz a história
Pro que há de ser afinal
Lauê, lauê, lauê, lauê
Se é pra ir a luta, eu vou!
Se é pra tá presente, eu tô!
Pois na vida da gente o que vale é o amor (bis)
É que a gente junto vai
Vai pra rua de novo, vai
Levantar a bandeira do sonho maior
Enquanto eles mandam, não importa
A gente vai abrindo a porta
Quem vai rir depois, ri melhor
Lauê, lauê, lauê, lauê
Esse amor tão bonito vai
Vai gerar nova vida, vai
Cicatrizar feridas, fecundar a paz
Enquanto governa a maldade
A gente canta a liberdade
O amor não se rende jamais
Lauê, lauê, lauê, lauê
Se é pra ir a luta, eu vou!
Se é pra tá presente, eu tô!
Pois na vida da gente o que vale é o amor (bis)





Dessa forma...
... podemos enxergar que o melhor sempre estar por vir, estamos construindo novos caminhos dia após dia, é um aprendizado constante. Temos que parar um pouco com nossa correria diária e  fazer GES, hoje tenho plena convicção que os grupos de estudos só permanecem a existir aqui porque os integrantes sentem-se parte fundamental desse processo, é gratificante demais ouvir o chamamento das pessoas, e eu vou lá e facilito. Precisamos valorizar o investimento que é feito em nós, político e financeiro, essa escola é nossa, e é sustentada pelos nossos trabalhadores (as) que estão lá na ponta esperando uma resposta. Cito duas frases que marcaram essa caminhada da formação no nosso município: “GES é Grupo de Estudo Sindical, mas também pode ser um Grande Espaço Social (GES)”- Elias Pereira da Costa- integrante do GES Princípio de Luz, e quando a integrante do GES Semeando Sonhos- Josilene Costa Cavalcante diz: “O GES abriu a porta da gaiola que eu vivia trancada”, são essas sensações que nos permite buscar cada vez mais momentos como esses. E a História não tem fim, cada dia é um novo recomeço, espero estar firme para que:” Contando um pouco de nós”, possa ter sua parte 02, 03, 04, 05.....
Não existe uma FÓRMULA de fazer GES, fazer GES é a FÓRMULA!
Continuemos firmes na luta!
Elizamar de Souza Costa
Assentada do Programa Nacional de Crédito Fundiário
Educadora Popular da ENFOC
Militante do Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais de Parelhas (assumindo atualmente a função de tesoureira)


Parelhas-RN- 06 de maio de 2013